50 ações da SDS-PE, 693 pessoas presas e greve da Polícia Civil

Este é o total de ações e pessoas presas no combate à criminalidade executada pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco nos últimos dois anos.

Dezenas de mandatos de prisão emitidos pela Justiça e o foco na redução do crime organizado, grupos de extermínio e tráfico de uma forma geral.

» COMBATE AO CRIME
Polícia prende 54 pessoas em megaoperação
Publicado em 29.10.2009

A SDS mobilizou 662 homens para capturar suspeitos de fazer parte de cinco quadrilhas de homicídios, tráfico e roubos. Entre eles, há quatro PMs


Ontem a SDS-PE agiu novamente, abaixo matéria do JC de hoje ilustra a ação das polícias em conjunto em megaoperação. Observar a presença constante de agentes do estado nas quadrilhas de criminosos.A Operação Pernambuco pela Vida, considerada pela Secretaria de Defesa Social (SDS) a maior já realizada pelas Polícias Civil e Militar no Estado, reuniu 662 policiais e conseguiu prender 54 pessoas, entre elas quatro PMs. Também Foram cumpridos 47 mandados de busca e apreensão. A SDS comunicou que, com as prisões realizadas na madrugada e manhã de ontem nos municípios do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Abreu e Lima, Camaragibe, Goiana e Carpina, cinco quadrilhas, que se interligavam, foram desarticuladas. O chefe de Polícia Judiciária, Oswaldo Moraes, informou que as organizações criminosas praticavam homicídios, roubos, corrupção ativa e passiva, tráfico de drogas, armas e munição.

As quadrilhas estavam sendo investigadas há seis meses pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Justiça concedeu 52 mandados de prisão. Foram cumpridos 47, no entanto, os policiais conseguiram prender em flagrante sete pessoas e recapturaram um foragido da Penitenciária Agroindustrial São João, em Itamaracá. “Prendemos quatro policiais, mas falta um”, informou Oswaldo Moraes.

Ele informou que vai instaurar procedimento para investigar o vazamento da operação policial por parte do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol).

Segundo o delegado, o Sinpol divulgou, no site da entidade, que a SDS faria uma grande operação. O presidente do Sinpol, Cláudio Marinho, afirmou que a Chefia da Polícia Civil marcou a operação em todo o Estado com o objetivo de desmobilizar a categoria para a passeata que ocorreu, na tarde de ontem, nas ruas do Centro.

Os presos foram levados inicialmente para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. Muitos chegaram cheios de lama.

“Tivemos que entrar no mangue para prendê-los”, explicou um policial do GOE. Muitos familiares das pessoas presas ficaram na frente do GOE esperando informações sobre a operação.

Oswaldo Moraes comunicou que os policiais conseguiram apreender armas e drogas e dinheiro proveniente da venda de entorpecentes. Na comunidade do Coque, na Ilha Joana Bezerra, área central do Recife, por exemplo, a polícia aprendeu R$ 10 mil em espécie com um casal de idosos. Entre o armamento apreendido, há pistolas de uso exclusivo das polícias, projéteis, revólveres calibre 38 e espingardas.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Defesa Social (SDS) informou que, desde abril de 2007, 50 operações deste tipo foram realizadas e 693 pessoas presas. Em grande parte das ações desencadeadas, policiais civis ou militares foram presos por participar de grupos de extermínio e tráfico de drogas.

Balanço da Operação:
• 47 mandatos de prisão cumpridos
• 7 pessoas presas em flagrante
• 1 detento da Penitenciária Agroindustrial São João recapturado
• 52 mandatos de prisão foram expedidos pela Justiça
• 47 mandatos de busca e apreensão cumpridos
• 662 policiais civis e militares participaram da ação integrada
• 50 operações integredas foram realizadas desde abril de 2007
• 693 pessoas foram presas nestas 50 ações



Mesmo assim, o governo deve se preocupar. Vem greve por aí...

» SEGURANÇA PÚBLICA
Policiais civis em greve a partir da próxima terça
Publicado em 29.10.2009 (JC)


Após caminhada pelas ruas do Centro do Recife, agentes e comissários decidiram pela paralisação. Categoria reivindica reajuste salarial de 63%

Em assembleia realizada em frente ao Palácio do Campo das Princesas após caminhada pelas ruas do Centro do Recife, policiais civis de Pernambuco decidiram, no início da noite de ontem, entrar em greve por tempo indeterminado. Como a lei obriga que a paralisação ocorra após 72 horas de sua deflagração, agentes e comissários cruzam os braços a partir da próxima terça-feira, já que segunda é feriado.

Para o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Claudio Marinho, a decisão da categoria é uma resposta à falta de diálogo do governo. “A deflagração da greve demonstra a insatisfação dos policiais, que são os verdadeiros responsáveis pela redução da criminalidade, que o governo já está até anunciando na televisão, e não estão sendo valorizados”, destaca Marinho.

A categoria reivindica a criação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), reajuste salarial de 63% e mudança no horário dos plantões nas delegacias.

Os policiais aproveitaram para entregar, simbolicamente, os cargos de pluriemprego e reflorestar, esquema de jornada extra de trabalho. Segundo o Sinpol, um terço dos policiais civis, ou seja, cerca de 1,8 mil, participam do programa, que consiste no pagamento de R$ 387 por mês para que a jornada de trabalho seja dobrada.

De acordo com um agente, que preferiu não ser identificado, as operações organizadas pela Secretaria de Defesa Social (SDS) serão prejudicadas com a paralisação. “Deixei o carro na delegacia e vim correndo para cá”, disse.

Claudio Marinho garante que até terça-feira o Sinpol vai informar ao governo do Estado quais locais irão funcionar durante a greve. “Vamos cumprir a lei, mantendo 30% dos serviços em funcionamento e informando quais locais vão continuar funcionando”, afirma o presidente do sindicato.

A decretação da greve aconteceu após os policiais realizarem caminhada pelas ruas da capital. A manifestação teve início às 16h30, em frente à sede do Sinpol, em Santo Amaro.

Com o apoio de um trio elétrico e vestidos de preto, cerca de 400 agentes e comissários seguiram pela Avenida Cruz Cabugá, Ruas do Hospício e Riachuelo. Na Rua da Aurora, pararam em frente à Chefia da Polícia Civil, onde o Sinpol convidou os policiais que trabalhavam no local para a manifestação.

Antes da deflagração da greve, que só aconteceu no início da noite, a Secretaria de Administração informou, através de nota, que “foi formalizado, por meio de ofício, que para o exercício de 2009 não há espaço financeiro para novos reajustes.” Após o anúncio da paralisação, tanto as Secretarias de Administração e Defesa Social afirmaram que só iriam se pronunciar sobre a greve após serem comunicadas oficialmente.

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