Pernambuco em queda no ranking da violência

Dados preliminares da União revelam que, após 14 anos, Pernambuco deixou de figurar entre os três Estados mais violentos

Publicado em 18/10/2011, às 08h37

Eduardo Machado

Pela primeira vez em 14 anos, Pernambuco deixou de figurar entre os três Estados mais violentos do Brasil. Dados preliminares do Ministério da Saúde mostram que Pernambuco caiu para a quarta posição em 2010 (em 2009 era o terceiro), atrás de Alagoas, Espírito Santo e Pará. A comparação entre os Estados leva em consideração a taxa de homicídios por grupos de 100 mil habitantes, índice que se obtém dividindo o número de assassinatos pela população.

Em 2010, a taxa de homicídios de Alagoas foi de 66,82 por 100 mil habitantes. O Espírito Santo ficou em segundo com 50,01, o Pará atingiu 45,63 e Pernambuco 39,06.

Para o professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), José Maria Nóbrega, a saída de Pernambuco das três primeiras posições do ranking da violência é resultado de uma tendência de queda que se iniciou em 2008. "Pernambuco terminou a primeira década do século XXI como único Estado do Nordeste com a taxa de homicídios menor do que em 2000. Há uma disparidade com o restante da região e acredito que isso se deve ao investimento na gestão da polícia. Todos os Estados nordestinos estão experimentando um crescimento da economia e melhoria das condições de vida da população, no entanto, a criminalidade tem crescido junto. O foco em estratégias diferenciadas de segurança pública tem rendido bons frutos em Pernambuco", avaliou o professor.

O ano de 2010 fechou com a Região Norte se firmando como a mais violenta do País. A taxa de homicídios do Norte é de 37 por 100 mil habitantes, contra 34 do NE. De maneira geral, a violência no Brasil apresenta um grande desequilíbrio. Enquanto o Norte e o Nordeste veem seus índices dispararem, os dois maiores Estados do País, São Paulo e Rio, passaram a figurar entre os de menor taxa de homicídios. Com isso, a taxa nacional de assassinatos de 2000 e 2010 permaneceu estável em 26 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

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