PARAÍBA/CAMPINA GRANDE: 9a EXPLOSÃO DE CAIXA ELETRÔNICO, POLÍCIA TEM MEDO DOS BANDIDOS!

Cotidiano, DIÁRIO DA BORBOREMA

Edição de sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A nona explosão de banco

Bandidos voltam a agir este ano e explodem posto do Bradesco de São Sebastião de Lagoa de Roça

Márcio Rangel // marciorangel.pb@dabr.com.br

A polícia contabilizou ontem a 9ª ação de bandidos contra agências bancárias no estado em 2011. Na madrugada de ontem, o alvo foi o município de São Sebastião de Lagoa de Roça. Com o auxílio de uma banana de dinamite, os criminosos detonaram o único caixa eletrônico que funcionava no local, no entanto, não conseguiram violar o compartimento onde ficava o cofre, com as cédulas. Na ação, um vigilante e mais cinco pessoas que estavam na rua foram rendidas e obrigadas a permanecerem deitadas no chão.

De acordo com a Polícia Militar, a ação teve início por volta de 1h20 de ontem. Os quatro bandidos chegaram na cidade em duas motos. Armados com pistolas e uma espingarda 12, eles renderam as pessoas que ainda estavam no meio da rua. O primeiro a ser surpreendido foi o vigilante Félix Cantalício da Silva, 53 anos. Ele contou que estava fazendo uma ronda, quando foi abordado pelos assaltantes. Em seguida eles renderam cinco jovens que estavam na rua.

Os ladrões arrombaram a porta de vidro do posto e instalaram o explosivo no caixa eletrônico. Apesar do material ter destruído vidros e as portas do local, não foi forte suficiente para violar o compartimento onde estavam acomodadas as cédulas. "Com o barulho, as pessoas começaram a acordar e eles se assustaram, indo logo embora sem levar dinheiro" completou o vigilante. Depois de explodirem a unidade, eles fugiram em direção ao sítio Manguape, zona rural de divisa entre as cidades de São Sebastião de Lagoa de Roça, Montadas e Lagoa Seca.

O posto do Bradesco funciona a menos de 200 metros da Delegacia de Polícia Civil que também abriga o destacamento da Polícia Militar. No momento da ação, apenas dois pms trabalhavam no local e sem o auxílio de nenhuma viatura. Com medo de enfrentar os criminosos, os agentes só saíram quando foram informados pelo comando do 10º BPM, sediado em Campina Grande, que encaminhou reforços para atender a ocorrência. "Não temos como enfrentar os bandidos. Estou aqui há mais de um ano e até hoje, a PM trabalha sem viatura. O delegado daqui é o mesmo de Lagoa Seca e só vem aqui duas vezes por semana", afirmou o cabo Ricardo Silva.

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