Qual formação política devemos ter?

Por José Maria Nóbrega

Depois do impacto ocasionado pelo artigo do nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em relação ao governo Lula (Para onde vamos? na FSP), veio a tona a reflexão de qual formação política o povo brasileiro deve ter. Uma formação humanística, do direito ao contraditório e o respeito as regras democráticas ou uma formação populista, paternalista do continuísmo fisiológico?

Eu acredito que a primeira opção é a mais adequada a um povo que se pretende soberano e com sua democracia consolidada!

Quem governa tem de estar preparado para as críticas e a fiscalização diligente da sociedade que o elegeu. É assim que se faz a democracia. Outro aspecto é aquele no qual os governantes eleitos pelo processo político partidário tem de cumprir em suas obrigações: respeitar as regras da democracia.

O Instituto Teotônio Vilela de Pernambuco, do qual faço parte com orgulho de seu quadro técnico, vem promovendo uma série de cursos de formação política para a sociedade civil, independente das cores ideológicas dos seus participantes. Nos diversos módulos dos cursos provomovidos pela entidade filiada ao PSDB, foram discutidos temas como o Socialismo, o Liberalismo, teorias da democracia (sobre diversas óticas), Sindicalismo, Comunismo, visões da social-democracia alemã, cursos de iniciação ao pensamento científico, produção de artigos e teses científicas, além da formação do jovem militante político no âmbito da democracia.

O governo atual, sob a égide da esquerda, vem atacando a posição do PSDB, em conjunto com o ITV-PE, que está sob o comando do Phd em Ciência Política André Régis, em ministrar cursos de formação, afirmando em reportagens pelo Brasil, que o partido se assemelha ao Nazi (Partido Nacional Socialista Alemão) nas suas práticas. Isso se trata de uma calúnia sem proporção! A democracia precisa do contraditório, da oposição, das visões distintas para se consolidar. O perigo da democracia são os ditadores disfarçados de democratas!

O Instituto Teotônio Vilela de Pernambuco é um oásis no deserto da iluminação política. A maioria dos partidos não formam seus quadros para a democracia, mas sim para a militância cega sem levar em consideração os ensinamentos do respeito às regras democráticas. O PSDB, como qualquer outro partido, não é um ser ilibado e tem problemas como qualquer outro partido, mas vem fazendo sua parte aqui em Pernambuco. Trazendo a oportunidade de fazer com que os pernambucanos, independente de ideologia, cores partidárias, opção sexual, gênero, etnia, etc. tenham um mínimo de formação política para entender os processos políticos eleitorais e administrativos do nosso complexo país.

Por isso, venho defender o curso de formação do PSDB a nível regional, sobretudo aqui no Nordeste, como sendo um feito importantíssimo e que deve servir de exemplo para os outros partidos. Levar o conhecimento político as pessoas e formar seus quadros em sintonia às regras da democracia contemporânea, ou seja, respeitando seus procedimentos e sua legitimidade frente as outras democracias mundiais.

Lembro que a democracia, além da escolha dos governantes num processo limpo e justo, deve vir acompanhada das garantias aos direitos civis, políticos e humanos, dentre os quais o direito ao contraditório que é, nada mais, nada menos, que ter o direito de discordar!

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