Pernambuco tem duas cidades dentre as mais perigosas para os jovens

Publicado em 24.11.2009, às 12h21
Do JC Online
Com informações de agências nacionais

Tarso Genro: cidades mais violentas estão fora do eixo Rio-SP
Divulgação Pernambuco tem dois municípios - Cabo de Santo Agostino e Jaboatão dos Guararapes - entre os mais violentos do País para os jovens dentre 31 cidades pesquisadas.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Datafolha em parceria com o Ministério da Justiça e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e aponta que 88% dos jovens brasileiros já viram corpos de pessoas assassinadas.

O levantamento foi realizado com 5.182 jovens de 12 a 29 anos, de ambos os sexos, em 31 municípios de 13 Estados brasileiros.

Quase um terço dos entrevistados respondeu que a violência é presença constante em seu cotidiano e 31% disseram ter facilidade para obter armas de fogo.

Metade dos jovens afirmou presenciar violência policial, fato que para 11% dos entrevistados é algo comum. Além disso, 64% costumam ver pessoas não-policiais com arma de fogo.

Dentre os municípios pesquisados, os que foram considerados mais perigosos para os jovens são, nessa ordem, Itabuna (BA), Marabá (PA), Foz do Iguaçu (PR), Camaçari (BA), Governador Valadares (MG) e as pernambucanas Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes, ambas no Grande Recife. A maioria está fora do eixo Rio-São Paulo.

Já as cidades menos perigosas são São Carlos (SP), São Caetano do Sul (SP), Franca (SP), Juiz de Fora (MG), Poços de Caldas (MG) e Bento Gonçalves (RS).

O ranking das cidades foi elaborado a partir do cruzamento de dados oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo) com metodologias criadas pelo Laboratório de Análises da Violência da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).

“A pesquisa derruba determinados mitos, como por exemplo o de que a situação mais vulnerável é a do Rio de Janeiro. A gente tem essa impressão, mas não é”, disse o ministro da Justiça, Tarso Genro, que participou da divulgação.

Sem menosprezar a gravidade da violência no Rio ele disse que a questão mais grave está em áreas do Nordeste, onde existem indicadores sociais baixos, com pouca aplicação de recursos em segurança pública e poucas políticas preventivas. Tarso destacou, porem, que agora isso pode começar a mudar com a adesão de dezenas de cidades dessa região ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

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