VENEZUELA: Populismo de Chavez como uma variável importante para o crescimento da criminalidade

(Clarin, 10/08) 1. Nas pesquisas, a insegurança pública aparece como a primeira preocupação dos venezuelanos. Venezuela tem a maior taxa de homicídios da América Latina diz o fórum "Mesa de Unidade Democrática", cujo coordenador apresentou estudos de várias ONGs: Desde fevereiro de 2005 não há dados oficiais sobre homicídios e sequestros no país. Para o "Observatório Venezuelano de Violência" a cada 38 minutos morre um venezuelano nas mãos do crime e todos os dias, pelo menos um jovem venezuelano pratica um delito.

2. Dia 4 de agosto o presidente Chávez lançou o programa "Guarda do Povo" para reduzir os altos índices de insegurança e violência. Escolheu La Bombilla, favela considerada como uma das mais perigosas -e maiores- da América Latina, que fica em morros que cercam Caracas. Em 1998, antes que Chávez começar sua primeira campanha presidencial, havia um total de 4.550 homicídios por ano, e em 2008, essa cifra foi de 14.589 mortes (54 por 100 mil), portanto triplicou. Com isso, está na América Latina acima do México, Brasil e Colômbia. Em Caracas (4,5 milhões de habitantes), morrem sete vezes mais pessoas pela violência que em Bogotá (7,5 milhões). A Venezuela tem 27 milhões de habitantes.

3. A violência surge da impunidade e de uma crise institucional porque o governo não assegura o funcionamento da justiça e decidiu não desarmar de fato a população, e com isso, os delinquentes. O elemento central da violência na Venezuela é a falta de respeito à lei. Diante da sensação de impunidade, aparecem linchamentos... E apareceram os "sicários" (pistoleiros pagos para matar). Estima-se que há no país de 6 a 8 milhões de armas com as pessoas. Ao tempo que o governo fala em desarme, afirma que a revolução precisa de armas. Os que mais sofrem são os pobres porque os ricos e poderosos tem sua segurança particular.


Fonte: blog de Cesar Maia

Comentários

Postagens mais visitadas