Tecnologia sustentável ajuda o homem do campo na Paraíba
Universidade Federal criou Centro de Desenvolvimento para o semiárido.
Conhecimento obtido em sala de aula é transferido para o dia a dia.
Tecnologia sustentável para ajudar o homem do campo. Na Paraíba, uma Universidade Federal criou um Centro de Desenvolvimento para o semiárido. Além de beneficiar os agricultores e os jovens da região, o centro ainda está melhorando a vida da comunidade. O conhecimento obtido na sala de aula e nos laboratórios é transferido para o dia a dia dos moradores.
A verde paisagem do Cariri paraibano não vai durar por muito tempo. Depois, de mais alguns meses tudo volta a ficar seco. Enfrentar os efeitos da longa estiagem nunca foi fácil.
Mas os moradores e produtores rurais da região ganharam um aliado importante. A Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba, criou no ano passado o Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, que fica na cidade de Sumé, a 270 quilômetros de João Pessoa.
Cerca de 750 jovens tiveram a chance de entrar para a universidade e estudam em sete cursos de áreas tecnológicas voltadas para a economia e os meios produtivos da caatinga.
A estudante Suayra Almeida estuda engenharia de biossistemas e está descobrindo na teoria as práticas que ajudarão a mudar a realidade da região. “O curso de engenharia de biossistemas está voltado para a questão de produzir de uma maneira sustentável, que não agrida o meio ambiente. O curso envolve uma área de conhecimento muito ampla. Podemos trabalhar com produção animal e produção vegetal”, explica.
Com a chegada da universidade, professores e estudantes têm desenvolvido uma série de projetos nos municípios da região. Os produtores rurais recebem apoio na produção agrícola, na criação de caprinos e ovinos, e na implantação de tecnologias que ajudam a preservar o meio ambiente.
Um dos projetos que fazem sucesso na zona rural é o fogão solar. É basicamente uma caixa de papelão, com uma chapa de zinco na base, papel laminado e um tampo de vidro. Em pouco tempo, a comida fica pronta.
“É uma coisa que vai dar certo no assentamento, pois queimamos muita madeira e temos que preservar. Isso vai ajudar a gente e ainda virá coisa melhor”, diz o agricultor Anselmo Coelho.
Em um fogão solar, o preparo do arroz demora uma média de duas horas. A temperatura pode chegar aos 100 graus Celsius.
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