PM desafia governo com operação-padrão
Publicado no Jornal do Commercio de 30.03.2010
Revoltados com reajuste oferecido pelo Estado, policiais militares decidiram, ontem, após assembleia e passeata no Centro, que não vão tirar carros de quartéis e só trabalharão com colete à prova de bala
Policiais militares resolveram deflagrar operação-padrão na noite de ontem, depois de uma rodada frustrada de negociação com o governo do Estado. Os PMs que atuam como motoristas de viatura não vão tirar os carros dos quartéis e os do patrulhamento a pé só aceitarão trabalhar, caso existam coletes à prova de bala disponíveis. Com isso, o número de PMs nas ruas deve cair drasticamente, já que pouquíssimos têm cursos específicos de direção defensiva e não há equipamentos de proteção pata todo o efetivo. A tropa tomou essa decisão após o secretário de Administração, Paulo Câmara, assegurar que o Estado não tem como reformular a proposta que elevaria o vencimento dos soldados de 1.200 para R$ 1.881 (dos quais R$ 550 corresponderiam a uma gratificação).
A proposta de R$ 1.331 de soldo mais R$ 550 de gratificação para os soldados surgiu na madrugada de ontem, após um fim de semana tenso de negociações entre o comando da Polícia Militar e o governo do Estado. Até a última sexta-feira, a base da tropa ficaria com um salário de R$ 1.600. Bem abaixo dos R$ 2.400 obtidos pelos agentes de Polícia Civil.
O governo melhorou a proposta depois que o comandante da PM, coronel José Lopes, foi ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo, com um documento assinado por 20 dos 30 coronéis da ativa, exigindo isonomia com a Polícia Civil. Uma assembleia marcada para ontem pela Associação dos Militares do Estado (AME) também contribuiu para mostrar a disposição dos PMs em lutar por num reajuste superior ao oferecido inicialmente.
“Não temos pauta de reivindicações. Queremos apenas uma coisa: isonomia com a Polícia Civil”, pontuou o coronel reformado João de Moura, na assembleia realizada à tarde no Derby, área central.
O comandante José Lopes compareceu à reunião ao lado de 12 coronéis. “Estou aqui arriscando a minha cabeça. No entanto, não poderia estar dentro do gabinete em um momento como esse. Já vi a Polícia Militar ficar para trás em outros momentos (de negociação salarial) e dessa vez não vou admitir. Estou com vocês, dentro da legalidade e da ordem”, asseverou o comandante.
Oficiais e praças ressaltaram que, enquanto os policiais civis tiveram o aumento atrelado ao salário, para os PMs restaram apenas gratificações. “Nada desses penduricalhos levamos para a reserva”, destacou o capitão Vlademir Assis, da AME.
Por volta das 16h30, os participantes da assembleia marcharam do Derby para o Palácio do Campo das Princesas. No caminho, criticaram a diferença de salário com relação à Polícia Civil e pediram a saída do secretário de Defesa Social, Servilho Paiva.
Um grupo de dez representantes das entidades militares foi recebido no Palácio, mas não houve acordo. “O governo se mostrou intransigente. Não estamos em greve, mas só dirige viatura quem tiver o curso de direção defensiva e só vai para a rua quem estiver de colete”, concluiu Arnaldo Lima, da Associação dos Sargentos.
Revoltados com reajuste oferecido pelo Estado, policiais militares decidiram, ontem, após assembleia e passeata no Centro, que não vão tirar carros de quartéis e só trabalharão com colete à prova de bala
Policiais militares resolveram deflagrar operação-padrão na noite de ontem, depois de uma rodada frustrada de negociação com o governo do Estado. Os PMs que atuam como motoristas de viatura não vão tirar os carros dos quartéis e os do patrulhamento a pé só aceitarão trabalhar, caso existam coletes à prova de bala disponíveis. Com isso, o número de PMs nas ruas deve cair drasticamente, já que pouquíssimos têm cursos específicos de direção defensiva e não há equipamentos de proteção pata todo o efetivo. A tropa tomou essa decisão após o secretário de Administração, Paulo Câmara, assegurar que o Estado não tem como reformular a proposta que elevaria o vencimento dos soldados de 1.200 para R$ 1.881 (dos quais R$ 550 corresponderiam a uma gratificação).
A proposta de R$ 1.331 de soldo mais R$ 550 de gratificação para os soldados surgiu na madrugada de ontem, após um fim de semana tenso de negociações entre o comando da Polícia Militar e o governo do Estado. Até a última sexta-feira, a base da tropa ficaria com um salário de R$ 1.600. Bem abaixo dos R$ 2.400 obtidos pelos agentes de Polícia Civil.
O governo melhorou a proposta depois que o comandante da PM, coronel José Lopes, foi ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo, com um documento assinado por 20 dos 30 coronéis da ativa, exigindo isonomia com a Polícia Civil. Uma assembleia marcada para ontem pela Associação dos Militares do Estado (AME) também contribuiu para mostrar a disposição dos PMs em lutar por num reajuste superior ao oferecido inicialmente.
“Não temos pauta de reivindicações. Queremos apenas uma coisa: isonomia com a Polícia Civil”, pontuou o coronel reformado João de Moura, na assembleia realizada à tarde no Derby, área central.
O comandante José Lopes compareceu à reunião ao lado de 12 coronéis. “Estou aqui arriscando a minha cabeça. No entanto, não poderia estar dentro do gabinete em um momento como esse. Já vi a Polícia Militar ficar para trás em outros momentos (de negociação salarial) e dessa vez não vou admitir. Estou com vocês, dentro da legalidade e da ordem”, asseverou o comandante.
Oficiais e praças ressaltaram que, enquanto os policiais civis tiveram o aumento atrelado ao salário, para os PMs restaram apenas gratificações. “Nada desses penduricalhos levamos para a reserva”, destacou o capitão Vlademir Assis, da AME.
Por volta das 16h30, os participantes da assembleia marcharam do Derby para o Palácio do Campo das Princesas. No caminho, criticaram a diferença de salário com relação à Polícia Civil e pediram a saída do secretário de Defesa Social, Servilho Paiva.
Um grupo de dez representantes das entidades militares foi recebido no Palácio, mas não houve acordo. “O governo se mostrou intransigente. Não estamos em greve, mas só dirige viatura quem tiver o curso de direção defensiva e só vai para a rua quem estiver de colete”, concluiu Arnaldo Lima, da Associação dos Sargentos.
Isso é uma palhaçada, o governo faz o que quer com a PM, só porque são proibidos de fazer greve, mas, gostei da posição do comandante geral. Temos que revindicar nossos direitos. Todos governadores falam antes de serem eleitos que vai melhorar nossos salários, já estou com mais de 20 anos na PM, e, nunca vi melhora, pasmem quem não conhece o regulamento, ainda sou soldado ganhando os míseros 1.210,00 reias. Como posso fazer segurança para a sociedade, se nem tenho sequer uma morada, um veículo para não depender de carona para trabalhar, mas só querem sugar de nós, não querem saber como estamos vicendo, cadê os DIREITOS HUMANOS, mas se tirarmos a vida de um elemento, aí são cercados de direitos. Vamos ver se o governo irá aguentar essa paralização. Todos fazem greve, mas o estado não sente nada, conosco é diferente é a gloriosa POLÍCIA MILITAR. Grande será o prejuíso que o Estado vai ter. Os bandidos vão deitar e rolar, supermercados serão fechados, lojas, bancos e outros, cuidado seu governador, é tempo de eleição.
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