Alcides: a esperança morreu?
Por José Maria Nóbrega Jr. – Cientista Político e Professor da Faculdade Maurício de Nassau
Alcides do Nascimento Lins, 22 anos, pobre, negro, morador de uma área carente do Recife, morto por arma de fogo. Há uma forte correlação entre as variáveis categóricas (informações socioeconômicas e de gênero) de Alcides e o homicídio juvenil. Há uma relação de 97,9% entre os assassinatos praticados por arma de fogo – que corresponde a mais de 80% dos casos de assassinatos – e as faixas etárias entre 15 e 24 anos de idade em Pernambuco. As taxas de homicídios do grupo racial negro são quase o dobro da taxa da população total (que abrange todas as categorias). Observando essas informações, podemos afirmar que Alcides já tinha um destino traçado pela violência em Pernambuco?
A resposta é não!
Há uma informação/variável que tirava Alcides do risco de ser vitimado por homicídio: os anos de estudo. Uma pessoa que possui mais de 12 anos de estudo praticamente fica fora do grupo com altíssimas chances de ser vitimada por homicídio. O estudante de escola pública, primeiro lugar no vestibular da UFPE em 2007 entre os alunos de escola pública, estava concluindo seu curso de Biomedicina e tinha verdadeira paixão pela ciência, pela produção científica. Diferente de seus algozes, Alcides é a esperança de um mundo de jovens das nossas periferias acostumados a ver numa cultura fútil sua forma de viver (consumo, drogas, valores que não estimulam à humanidade). Ou seja, existe uma alternativa positiva, que leva ao progresso humano: os estudos!
O jovem negro, pobre, ainda é uma exceção no universo acadêmico de alto nível. Por isso Alcides é um exemplo para os demais jovens de sua comunidade. Há saída, e esta pode ser encontrada no desempenho escolar. Na formação acadêmica.
Alcides foi atingido pela violência como muitos outros jovens com seu perfil, mas o que diferenciava ele dos demais era sua formação, seu desempenho nos estudos. A carnificina juvenil atingiu, infelizmente, aquele que era uma luz no fim do túnel. Mas, a esperança continua viva. E Alcides continuará como exemplo a ser seguido e seus algozes terão de ser punidos, para que mais Alcides não sejam vitimados pela violência endêmica de nossa triste realidade.
Alcides do Nascimento Lins, 22 anos, pobre, negro, morador de uma área carente do Recife, morto por arma de fogo. Há uma forte correlação entre as variáveis categóricas (informações socioeconômicas e de gênero) de Alcides e o homicídio juvenil. Há uma relação de 97,9% entre os assassinatos praticados por arma de fogo – que corresponde a mais de 80% dos casos de assassinatos – e as faixas etárias entre 15 e 24 anos de idade em Pernambuco. As taxas de homicídios do grupo racial negro são quase o dobro da taxa da população total (que abrange todas as categorias). Observando essas informações, podemos afirmar que Alcides já tinha um destino traçado pela violência em Pernambuco?
A resposta é não!
Há uma informação/variável que tirava Alcides do risco de ser vitimado por homicídio: os anos de estudo. Uma pessoa que possui mais de 12 anos de estudo praticamente fica fora do grupo com altíssimas chances de ser vitimada por homicídio. O estudante de escola pública, primeiro lugar no vestibular da UFPE em 2007 entre os alunos de escola pública, estava concluindo seu curso de Biomedicina e tinha verdadeira paixão pela ciência, pela produção científica. Diferente de seus algozes, Alcides é a esperança de um mundo de jovens das nossas periferias acostumados a ver numa cultura fútil sua forma de viver (consumo, drogas, valores que não estimulam à humanidade). Ou seja, existe uma alternativa positiva, que leva ao progresso humano: os estudos!
O jovem negro, pobre, ainda é uma exceção no universo acadêmico de alto nível. Por isso Alcides é um exemplo para os demais jovens de sua comunidade. Há saída, e esta pode ser encontrada no desempenho escolar. Na formação acadêmica.
Alcides foi atingido pela violência como muitos outros jovens com seu perfil, mas o que diferenciava ele dos demais era sua formação, seu desempenho nos estudos. A carnificina juvenil atingiu, infelizmente, aquele que era uma luz no fim do túnel. Mas, a esperança continua viva. E Alcides continuará como exemplo a ser seguido e seus algozes terão de ser punidos, para que mais Alcides não sejam vitimados pela violência endêmica de nossa triste realidade.
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