Rio contrata Rudolph Giuliani
» CRIMINALIDADE
Publicado em 13.12.2009
Prefeito que “limpou” Nova Iorque na primeira metade dos anos 90 presta consultoria para Jogos Militares, Copa e Olimpíadas
André Lachini
Agência Estado
SÃO PAULO – O ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, o homem que implantou a política da “tolerância zero”, enfrentou as cinco famílias da Cosa Nostra em Nova York e reduziu muito a criminalidade na metrópole norte-americana, prestará consultoria para o governo do Estado do Rio de Janeiro.
A capital fluminense sediará os Jogos Mundiais Militares, em 2011, a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse na semana passada que contratará o escritório do ex-prefeito, o Giuliani Partners, para os serviços de consultoria em segurança pública.
Giuliani afirma que, para ser um líder, uma pessoa precisa fazer cinco coisas: ler, escutar, debater, escrever e pensar.
O ex-prefeito de Nova York esteve no Brasil, onde deu palestras sobre liderança e lembrou sua experiência como procurador-geral do governo dos EUA em Nova York, na década de 1980, e prefeito de Nova York entre 1994 e 2002. Giuliani esteve em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.
Ele destacou o uso da informática como essencial para combater o crime, bem como destacar policiais especializados para investigar cada tipo de crime.
Giuliani disse que aprendeu muito com o presidente dos EUA Ronald Reagan (1981-1989), o qual ele admira e elogiou em palestra na semana passada na capital paulista, na ExpoManagement 2009. Giuliani lembrou vários momentos da sua carreira política, como quando foi prefeito de Nova York (1994-2002), e citou seus cinco pilares da liderança.
“As pessoas podem contribuir muito quando sabem para onde vão. O Reagan foi meu mentor nisso. Ele tinha dois princípios: o comunismo era um mal e o governo (dos EUA) era muito grande. Quando ele deixou o governo, a União Soviética estava em colapso, o Muro de Berlim caiu. Ele sabia para onde ir”, disse Giuliani. “Ronald Reagan me ensinou a controlar gastos.”
Giuliani lembrou o momento em que virou prefeito de Nova York, em 1994, e 60% dos moradores da Big Apple desejavam deixar a cidade, infestada pelo crime. “As pessoas queriam ir embora. Mil carros eram roubados a cada três dias.”
Segundo ele, só foi possível combater o problema da criminalidade usando a tecnologia e destacando policiais especializados para resolver cada tipo de crime. “Você não destaca os mesmos policiais para lutar contra o roubo de carros, contra estupros e contra o roubo de computadores e equipamentos de tecnologia. Dez anos antes de 1994, seria impossível implantar o programa que implantamos em Nova York, porque não existia tecnologia de informática suficiente para isso”, afirmou.
Entre 1983 e 1988, Giuliani foi promotor-geral do governo dos EUA no distrito sul de Nova York. Ele obteve 4.152 condenações no período, com apenas 25 anulações, um recorde na história americana, de acordo com uma breve biografia do ex-prefeito no website da Prefeitura de Nova York.
Participou do Mafia Comission Trial, entre 1985 e 1986, um julgamento de 11 líderes da “Commission”, que reunia os chefes das cinco famílias da Cosa Nostra de Nova York (Bonanno, Gambino, Lucchese, Colombo e Genovese). Oito dos 11 julgados foram condenados em 1987, por crimes como extorsão e assassinatos. Paul Castellano, o “capo di tutti i capi” (chefe de todos os chefes), embora indiciado, foi libertado sob fiança e morto dois meses depois por capangas numa disputa com John Gotti.
“Eles controlavam o comércio dos restaurantes, os serviços para os prédios comerciais, sindicatos, muita coisa. Nós perseguimos a corrupção, as famílias sicilianas em Nova York e na Sicília, junto com o governo italiano”, disse.
Democrata na juventude e republicano na maturidade, ele concorreu pela primeira vez à prefeitura de Nova York em 1989 e foi derrotado. O ex-prefeito citou a derrota eleitoral de 1989 como uma das coisas que lamenta na vida. “Tive várias coisas para me lamentar na vida, pessoalmente, na política, nos negócios. Quando isso acontece, você precisa perceber porque deu errado.”
Concorreu e venceu em 1993, com apoio republicano e liberal. “Hoje, a taxa de homicídios de Nova York é 30% menor que da média das grandes cidades norte-americanas”, notou o ex-prefeito.
“Muitos dos líderes foram formados no trabalho, não na escola. Meu primeiro chefe me ensinou a investigar crimes. Ronald Reagan me ensinou a controlar gastos”, afirmou o ex-prefeito. Segundo Giuliani, ser líder significa “ter humildade, inclusive para dizer: ‘Eu não sei tudo’. Escute as outras pessoas. Abra a mente, tenha tempo para pensar. Muitas de minhas decisões foram tomadas quando eu estava no banho.”
A capital fluminense sediará os Jogos Mundiais Militares, em 2011, a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse na semana passada que contratará o escritório do ex-prefeito, o Giuliani Partners, para os serviços de consultoria em segurança pública.
Giuliani afirma que, para ser um líder, uma pessoa precisa fazer cinco coisas: ler, escutar, debater, escrever e pensar.
O ex-prefeito de Nova York esteve no Brasil, onde deu palestras sobre liderança e lembrou sua experiência como procurador-geral do governo dos EUA em Nova York, na década de 1980, e prefeito de Nova York entre 1994 e 2002. Giuliani esteve em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.
Ele destacou o uso da informática como essencial para combater o crime, bem como destacar policiais especializados para investigar cada tipo de crime.
Giuliani disse que aprendeu muito com o presidente dos EUA Ronald Reagan (1981-1989), o qual ele admira e elogiou em palestra na semana passada na capital paulista, na ExpoManagement 2009. Giuliani lembrou vários momentos da sua carreira política, como quando foi prefeito de Nova York (1994-2002), e citou seus cinco pilares da liderança.
“As pessoas podem contribuir muito quando sabem para onde vão. O Reagan foi meu mentor nisso. Ele tinha dois princípios: o comunismo era um mal e o governo (dos EUA) era muito grande. Quando ele deixou o governo, a União Soviética estava em colapso, o Muro de Berlim caiu. Ele sabia para onde ir”, disse Giuliani. “Ronald Reagan me ensinou a controlar gastos.”
Giuliani lembrou o momento em que virou prefeito de Nova York, em 1994, e 60% dos moradores da Big Apple desejavam deixar a cidade, infestada pelo crime. “As pessoas queriam ir embora. Mil carros eram roubados a cada três dias.”
Segundo ele, só foi possível combater o problema da criminalidade usando a tecnologia e destacando policiais especializados para resolver cada tipo de crime. “Você não destaca os mesmos policiais para lutar contra o roubo de carros, contra estupros e contra o roubo de computadores e equipamentos de tecnologia. Dez anos antes de 1994, seria impossível implantar o programa que implantamos em Nova York, porque não existia tecnologia de informática suficiente para isso”, afirmou.
Entre 1983 e 1988, Giuliani foi promotor-geral do governo dos EUA no distrito sul de Nova York. Ele obteve 4.152 condenações no período, com apenas 25 anulações, um recorde na história americana, de acordo com uma breve biografia do ex-prefeito no website da Prefeitura de Nova York.
Participou do Mafia Comission Trial, entre 1985 e 1986, um julgamento de 11 líderes da “Commission”, que reunia os chefes das cinco famílias da Cosa Nostra de Nova York (Bonanno, Gambino, Lucchese, Colombo e Genovese). Oito dos 11 julgados foram condenados em 1987, por crimes como extorsão e assassinatos. Paul Castellano, o “capo di tutti i capi” (chefe de todos os chefes), embora indiciado, foi libertado sob fiança e morto dois meses depois por capangas numa disputa com John Gotti.
“Eles controlavam o comércio dos restaurantes, os serviços para os prédios comerciais, sindicatos, muita coisa. Nós perseguimos a corrupção, as famílias sicilianas em Nova York e na Sicília, junto com o governo italiano”, disse.
Democrata na juventude e republicano na maturidade, ele concorreu pela primeira vez à prefeitura de Nova York em 1989 e foi derrotado. O ex-prefeito citou a derrota eleitoral de 1989 como uma das coisas que lamenta na vida. “Tive várias coisas para me lamentar na vida, pessoalmente, na política, nos negócios. Quando isso acontece, você precisa perceber porque deu errado.”
Concorreu e venceu em 1993, com apoio republicano e liberal. “Hoje, a taxa de homicídios de Nova York é 30% menor que da média das grandes cidades norte-americanas”, notou o ex-prefeito.
“Muitos dos líderes foram formados no trabalho, não na escola. Meu primeiro chefe me ensinou a investigar crimes. Ronald Reagan me ensinou a controlar gastos”, afirmou o ex-prefeito. Segundo Giuliani, ser líder significa “ter humildade, inclusive para dizer: ‘Eu não sei tudo’. Escute as outras pessoas. Abra a mente, tenha tempo para pensar. Muitas de minhas decisões foram tomadas quando eu estava no banho.”
Disponível em: http://jc3.uol.com.br/jornal/2009/12/13/not_358670.php
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