Bullying, um tipo de violência cada vez mais comum
O medo, a tensão e a preocupação com a imagem podem comprometer o desenvolvimento acadêmico dos jovens e crianças alvos de bullying (baseado no depoimento da psicóloga Cláudia Queiroz).
Pesquisa realizada pela Abrapia (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência apontou resultados importantes de serem avaliados pelos educadores. Esta entidade desenvolveu o Programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes, a fim de investigar as características desses atos entre 5.500 alunos de 5ª a 8ª série do ensino fundamental e sistematizar estratégias de intervenção capazes de prevenir a ocorrência desse comportamento tão negativo. Apesar de o estudo ter sido realizado em pouco mais de um ano, foi possível reduzir a agressividade entre os estudantes, favorecendo o ambiente escolar, o nível de aprendizado e principalmente as relações humanas.
Resultados do estudo sobre a percepção dos estudantes quanto à prática de Bullying nas escolas:
DADOS DA PESQUISA
Inicial
40% dos alunos admitiram estar diretamente envolvidos em atos de bullying, sendo 16,9% como alvos, 12,7% como autores e 10,9% ora como alvos, ora como autores
60,2% dos alunos afirmaram que o bullying ocorre mais frequentemente dentro das salas de aula
80% dos estudantes manifestaram sentimentos contrários aos atos de bullying, como medo, pena, tristeza, entre outros
41,6% dos que admitiram ser alvos de bullying disseram não ter solicitado ajuda aos colegas, professores ou parentes. Entre aqueles que pediram auxílio para reduzir ou cessar seu sofrimento, o objetivo só foi atingido em 23,7% dos casos
69,3% dos jovens admitiram não saber as razões que levam à ocorrência ou advertência quanto à incorrência de seus atos
51,8% dos alunos autores de bullying afirmaram que não receberam nenhum tipo de orientação ou advertência quanto à incorreção de seus atos
Após um ano, veja as alterações detectadas na avaliação final do projeto Abrapia
79,9% dos alunos admitem saber o que é bullying
6,6% foi o percentual de redução de alunos alvos
12,3% foi a diminuição de alunos autores de bullying
39,3% indicaram a sala de aula como local de maior incidência de atos de bullying (queda de 24,7%)
46,1% foi o percentual de alunos que admitiram gostar de ver o colega sofrer bullying
75,9% foi o crescimento do sucesso das intervenções para a redução ou cessação do bullying entre os alunos alvos que buscaram ajuda
49,1% foi a redução do desconhecimento sobre o entendimento das razões que levam à prática de bullying
472,7% foi o aumento que houve entre aqueles que admitiram o bullying como um ato de maldade. Passou de 4,4% para 25,2% das respostas
33,4% foi o crescimento do número de estudantes autores de bullying que admitiu ter recebido orientações e advertências quanto à incorreção de seus atos. Passou de 45,6% para 68%
Fonte: Bullying - comportamento agressivo entre estudantes, de Aramis Lopes Neto
(Dados Publicados na Revista JC, Ano 5 - Número 220 - Recife, 1º de Novembro de 2009)
não gosteii queria de quem pratica não quem sofre..
ResponderExcluirbom artigo...
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