Os homicídios em Pernambuco ainda estão acima da média
TABELA 1. Mortes por agressão/homicídios em Pernambuco (1998-2008)
Fonte: DATASUS e SDS-PE
Observando o gráfico 1, que demonstra os números absolutos, a tendência é positiva, ou seja, de crescimento. A linha de tendência logarítmica aponta para essa perspectiva positiva de incremento nas mortes (R2=0,099), com baixa significância estatística.
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Como os números absolutos não demonstram o real impacto em relação à evolução populacional, o ideal é fazer a análise em cima das taxas de homicídios calculadas em relação à estimativa populacional (IBGE). A média da população na série histórica (1998-2008) foi de 8.004.924 habitantes residentes em Pernambuco. Então, Txm (taxa média de homicídio) = Mnh (média de números absolutos de homicídios)/Mpop (média da estimativa populacional) x 100.000 = taxas de assassinatos por 100.000 habitantes. Daí temos, Txm=4.437/8.004.924 x 100.000 = 55,4 mortes por cem mil.
Os anos de 1998, com 4.422 mortes por agressão, e 2001, com 4.709, tiveram a mesma taxa por cem mil, 58,8, por questão da mudança no dividendo (população crescente), o que implica em avaliarmos o real impacto pelas taxas.
Quando observamos o gráfico 2, a tendência da mesma série histórica (1998-2008) se altera, ou seja, mostra queda nas taxas, segundo o mesmo mecanismo de linha de tendência logarítmica. A redução mais significativa (R2=0,502) mostra a importância da evolução populacional.
GRÁFICO 2. Taxas de Mortes por agressão/homicídios em Pernambuco
(1998-2008)
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Concluindo, a tendência de queda dos homicídios nos últimos três anos da série pode acentuar o incremento negativo das taxas de homicídios, pois a estimativa populacional é crescente. Contudo, testes estatísticos nas populações juvenis, responsáveis pela maioria dos assassinatos (Nóbrega Jr., 2009), se faz necessário.
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