Homicídios caem 10% de um ano para o outro no Rio de Janeiro, causa: POLÍTICAS PÚBLICAS EM SEGURANÇA

O número de homicídios dolosos no estado caiu 10,1% em 2011, em comparação com o ano anterior. O anúncio foi feito ontem pela Secretaria de Segurança. A queda ficou acima da expectativa do próprio governo, superando o marco inicialmente previsto para 2011 e alcançando a meta estabelecida para 2012. Foram registradas 4.286 mortes en 2011, contra 4.767 no ano anterior.

Na comparação com 2006 (início do governo Sérgio Cabral), os índices são ainda mais animadores: o número de homicídios caiu de 6.323 para 4.286 no ano passado, uma queda de 32,2%.

Ainda na comparação entre 2011 e 2010, foram registrados menos 13.524 roubos (uma redução de 11,2%), o menor número em dez anos. Foram superadas ainda as metas de roubos de rua (a soma dos assaltos a transeuntes, em coletivos e de roubos de celulares), que caíram 15,2%, e de roubos de veículos, que diminuíram 6,3%. Nos dois casos, as metas alcançaram os números projetados para 2014. Cinco indicadores registraram alta: sequestro- relâmpago (62,5%), roubo de carga (17,3%), estelionato (21,6%), saidinha de banco (15,5%) e extorsão (37,2%).

Subsecretário destaca UPPs e política de metas

Ao divulgar os números, Roberto Sá, subsecretário de Segurança, disse que eles são resultado da política de segurança: — Atribuímos os números a um conjunto de fatores. Começamos a fazer diagnósticos e montamos a estratégia para uma política de segurança, que contou com o total apoio do governador, tanto na contratação de mais policiais, como na modernização da frota, na aquisição de tecnologia e na capacitação de profissionais.

Sá destacou ainda a autonomia na gestão de pessoal das duas polícias e as UPPs: — O resgate de áreas dominadas (pelo tráfico) e a filosofia da polícia comunitária, garantindo aos cidadãos dessas comunidades seus direitos, mudaram o cenário. Porque os bandidos se reuniam nessas áreas para cometer crimes e retornavam para elas depois.

Além disso, foram reduzidos os confrontos entre eles e até mesmo com a polícia, diminuindo o número de mortes, de balas perdidas e de policiais mortos em confrontos.

De acordo com o subsecretário, a implantação do plano de metas de segurança provocou uma revolução silenciosa.

— O sistema integrado de metas trata a segurança com as mesmas ferramentas da iniciativa privada — disse.

Sá lembrou ainda que foi implantado o estudo de análise criminal. Com ele, é possível concentrar esforços em lugares e horários de maior incidência de um determinado delito.

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, que chegou ao fim da apresentação, acrescentou que a integração das polícias também foi importante para o controle da criminalidade.

Fonte: O Globo

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