Acidentes de transporte no Brasil
Gráfico: Óbitos por Causas Externas Acidentes de Transporte no Brasil – 2000/2007
Fonte: SIM/DATASUS
José Maria Nóbrega – cientista político
A morte violenta é um fenômeno dramático, e no Brasil vem se acentuando nos últimos anos. Além das mortes intencionais/dolosas, como é o homicídio, as mortes violentas no trânsito preocupam as autoridades e é um desafio para as instituições coercitivas brasileiras que trabalham com o controle e ordenamento dos transportes e do trânsito. Os acidentes de transporte no Brasil – acidentes estes que incluem, além dos veículos rodoviários, os veículos ferroviários e os de navegação – em sua maioria engloba os veículos rodoviários (motocicletas, automóveis, caminhões, ônibus e outros veículos pesados, como tratores), sendo aí contabilizada as maiores vítimas desse tipo de violência.
Baseado nos dados do SIM (Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde) para o ano de 2007, os números absolutos das mortes violentas de transporte computou o total de 38.419 pessoas mortas que, para uma população de aproximadamente 190 milhões de habitantes, teve uma média de 20 mortes desse tipo por cem mil habitantes. Uma verdadeira carnificina!
No entanto, aproximadamente 68% dessas mortes são de transportes rodoviários que em termos de números absolutos chegou a 26.061 mortes para o ano de 2007. A maioria das mortes está nos veículos motorizados em rodovias. Muitos desses acidentes fatais tem na imprudência uma das variáveis determinantes. Mas, o consumo de álcool, a população crescente de veículos (sobretudo motocicletas) e a péssima situação das rodovias brasileiras, também se mostram como fatores de grande relevância.
A região mais violenta no trânsito é a Sudeste. No ano de 2007 foram 15.470 mortes nessa região para os números absolutos em acidentes de transporte. Destacar que ali está a maior população de automóveis e de habitantes do país. O Nordeste aparece em segundo lugar com 9.308 mortes desse tipo. A região menos violenta é a Norte, com 2.681 mortes. Todavia, esta região é a menos populosa do país, o que aponta para uma correlação importante entre a população e o quantitativo de acidentes de transporte com vítimas fatais.
De qualquer forma, é importante destacar que a tendência das mortes no trânsito é crescente. Entre 1996 e 2000 houve uma queda nos números absolutos. Em 1996 foram 35.545 mortes em todo o Brasil e em 2000 foram 29.645, ou seja, uma redução de 17%. Contudo, entre 2000 e 2007 os números só cresceram, com um incremento de 29,5% em sete anos (o último ano da série analisada computou 38.419 pessoas mortas em acidentes de transporte). Isto é preocupante e aponta para a responsabilidade crescente das instituições coercitivas responsáveis pelo ordenamento do trânsito e do fluxo dos transportes no país e uma política de conscientização mais forte por parte dos gestores do setor de transportes e de segurança pública.
José Maria Nóbrega – cientista político
A morte violenta é um fenômeno dramático, e no Brasil vem se acentuando nos últimos anos. Além das mortes intencionais/dolosas, como é o homicídio, as mortes violentas no trânsito preocupam as autoridades e é um desafio para as instituições coercitivas brasileiras que trabalham com o controle e ordenamento dos transportes e do trânsito. Os acidentes de transporte no Brasil – acidentes estes que incluem, além dos veículos rodoviários, os veículos ferroviários e os de navegação – em sua maioria engloba os veículos rodoviários (motocicletas, automóveis, caminhões, ônibus e outros veículos pesados, como tratores), sendo aí contabilizada as maiores vítimas desse tipo de violência.
Baseado nos dados do SIM (Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde) para o ano de 2007, os números absolutos das mortes violentas de transporte computou o total de 38.419 pessoas mortas que, para uma população de aproximadamente 190 milhões de habitantes, teve uma média de 20 mortes desse tipo por cem mil habitantes. Uma verdadeira carnificina!
No entanto, aproximadamente 68% dessas mortes são de transportes rodoviários que em termos de números absolutos chegou a 26.061 mortes para o ano de 2007. A maioria das mortes está nos veículos motorizados em rodovias. Muitos desses acidentes fatais tem na imprudência uma das variáveis determinantes. Mas, o consumo de álcool, a população crescente de veículos (sobretudo motocicletas) e a péssima situação das rodovias brasileiras, também se mostram como fatores de grande relevância.
A região mais violenta no trânsito é a Sudeste. No ano de 2007 foram 15.470 mortes nessa região para os números absolutos em acidentes de transporte. Destacar que ali está a maior população de automóveis e de habitantes do país. O Nordeste aparece em segundo lugar com 9.308 mortes desse tipo. A região menos violenta é a Norte, com 2.681 mortes. Todavia, esta região é a menos populosa do país, o que aponta para uma correlação importante entre a população e o quantitativo de acidentes de transporte com vítimas fatais.
De qualquer forma, é importante destacar que a tendência das mortes no trânsito é crescente. Entre 1996 e 2000 houve uma queda nos números absolutos. Em 1996 foram 35.545 mortes em todo o Brasil e em 2000 foram 29.645, ou seja, uma redução de 17%. Contudo, entre 2000 e 2007 os números só cresceram, com um incremento de 29,5% em sete anos (o último ano da série analisada computou 38.419 pessoas mortas em acidentes de transporte). Isto é preocupante e aponta para a responsabilidade crescente das instituições coercitivas responsáveis pelo ordenamento do trânsito e do fluxo dos transportes no país e uma política de conscientização mais forte por parte dos gestores do setor de transportes e de segurança pública.
Comentários
Postar um comentário